perco as palavras para as reticências.
algumas coisas me levaram a lugares,outras me tiraram deles:
perdas e danos.
quem disser que há coerência na vida,
perdeu-se dela.
meu coração - aos soluços -
é um abismo entre
o que eu quero...
e o que eu suportaria ser.
quanto tempo durou?
... talvez o suficiente para sentir a perda.
3 comentários:
Profundo... belo e... pertinente!
Parabéns pelo blog, uma mistura de natureza, vida saudável, boas leituras e bonito sorriso. Abraços, Maria Augusta e Leonel (Caxias do Sul - RS)
PÁSSARO
Aquilo que ontem cantava
já não canta.
Morreu de uma flor na boca:
não do espinho na garganta.
Ele amava a água sem sede,
e, em verdade,
tendo asas, fitava o tempo,
livre de necessidade.
Não foi desejo ou imprudência:
não foi nada.
E o dia toca em silêncio
a desventura causada.
Se acaso isso é desventura:
ir-se a vida
sobre uma rosa tão bela,
por uma tênue ferida.
De Retrato Natural (1949)
Cecília Meireles
"Palavras"
ñ presto atençao as palavras
e elas representam pessoas
pois sao a elas que dizemos
as ditas palavras.
Peco por falar demais e errado
mas no fundo todos amamos e as
vezes pecamos por isso
nao por amar, mas pela invasao
que o amor permite erradamente.
Quero dizer mais uma vez q vc está
de parabéns. adoro seu blog.
(; j
Postar um comentário