"vai e me atinge
flexa desvairada
cega minha carne
abre minha alma
e as brasas de teu fogo
em ponto me queimarão
e se não fogo eu for
cinzas que eu seja então"
- "viver a poesia é muito mais necessário e importante do que escrevê-la" murilo mendes
sexta-feira, 12 de setembro de 2008
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GUITARRA
Punhal de prata já eras,
punhal de prata!
Nem foste tu que fizeste
a minha mão insensata.
Vi-te brilhar entre as pedras,
punhal de prata!
— no cabo, flores abertas,
no gume, a medida exata,
a exata, a medida certa,
punhal de prata,
para atravessar-me o peito
com uma letra e uma data.
A maior pena que eu tenho,
punhal de prata,
não é de me ver morrendo,
mas de saber quem me mata.
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